quinta-feira, 18 de março de 2010

Nada é tão saudável como uma surra no momento oportuno. De poucas partidas ganhas tenho aprendido tanto, quanto da maioria das minhas derrotas"

Capablanca

quarta-feira, 17 de março de 2010

PRINCÍPIOS GERAIS DO JOGO DE XADRZ

Existem três fases em uma partida de xadrez: abertura, meio-jogo e final. É importante seguir alguns princípios para se jogar bem cada uma delas.
1. NA ABERTURA
Controlar as quatro casas centrais do tabuleiro:
- começar uma partida avançando, duas casas, o peão do rei;
- ocupar o centro com peões;
- atacar as casas centrais com peças.
Desenvolver rapidamente as peças, posicionando-as em casas onde tenham maior mobilidade para manobras de ataque e defesa:
- movimentar primeiro um dos cavalos;
- evitar perder tempo, não movendo a mesma peça mais de uma vez na abertura;
- evitar a saída da Dama antes de desenvolver os Cavalos e os Bispos;
- evitar que o desenvolvimento de uma peça bloqueie a saída de outras da mesma cor.
Proteger o Rei:
- rocar o mais cedo possível;
- evitar mover os peões do roque;
- expulsar ou capturar as peças inimigas que chegarem muito pertom do Rei.
2. NO MEIO – JOGO
Dominar o centro.
Ativar peças:
- ocupar diagonais abertas com dama e bispos;
- dominar linhas 1 e 2 com torres pretas e 8 e 7 com torres brancas;
- ocupar casas centrais e avançadas com cavalos;
- dominar colunas abertas com torres.
Limitar a ação das peças adversárias:
- expulsar peças adversárias que estejam dominando casas importantes do tabuleiro;
- disputar colunas, diagonais e linhas dominadas pelo adversário.
Evitar fraquezas:
- peões atrasados;
- peões dobrados;
- peões isolados;
- peças mal colocadas.
3. NO FINAL
Ativar o rei.
Tentar a promoção de um peão, principalmente dos peões passados.
Conselhos
1. PRÁTICOS
- Matenha a concentração: fique atento ao andamento da partida.
- Não responda apressadamente ao lance do seu adversário.
- Observe todo o tabuleiro antes de fazer o seu lance.
- Lembre que as peças, a exceção do peão, também capturam para trás.
- Evite trocas de peças quando estiver no ataque, se isto facilitar a defesa do seu adversário.
- Troque peças quando estiver sendo atacado.
- Assuma a iniciativa, atacando as peças do adversário sempre que possível.
- Saiba que as peças têm os seguintes valores relativos: peão = 1; cavalo = 3; bispo = 3; torre = 5 e dama = 10. Estes números servem apenas de orientação para trocas de peças.
- Note que não foi atribuído valor ao rei porque ele não pode ser trocado: seu valor é infinito.
- Na prática: dois bispo são mais fortes que dois cavalos; duas torres são levemente superiores a uma dama.
- Não esqueça que o valor de uma peça aumenta ou diminui em função de sua boa ou má colocação no tabuleiro.
- Evite perdas de materiais.
- Troque peças havendo ganho de material.
- Ataque peças ou casas desprotegidas.
- Quando estiver no ataque não se descuide da defesa.
- Concentre a ação de várias peças no mesmo ponto do campo adversário.
- Analise sempre as ameaças do último lance adversário.

- Procure ter algum plano ordenado de jogo.
- Jogue partidas tanto com as peças brancas quanto com as negras.
- Anote a partida para analisá-la mais tarde, procurando descobrir e corrigir os seus erros.
- Não tenha medo de enfrentar adversários mais fortes: é uma ótima oprtunidade de aprender mais!
- Tenha em mente que o sucesso é alcançado depois de muitas derrotas, por isso não deixe de fazer um lance por medo de perder a partida.
- Após a partida faça a conferência das 16 peças brancas e 16 pretas, quando for guardar o material.
2. ÉTICOS
- Não peça para voltar lances: a regra "peça tocada, peça jogada" deve ser observada.
- Duarante a partida não faça consultas, nem solicite conselhos a outras pessoas.
- Duarante a partida não toque nas casas do tabuleiro.
- Tenha esportividade em suas atitudes: não mostre excesso de superioridade em suas vitórias, nem perca a serenidade nas derrotas.
- Não distraia, nem pertube o adversário.
- Faça seus lances com discrição: capture as peças com tranqüilidade e anuncie mate com naturalidade.
Seguindo os princípios e conselhos acima, jogar xadrez ficará muito mais fácil!

História do Xadrez

A origem do xadrez é certamente o maior mistério existente no mundo. Infelizmente os historiadores não conseguem chegar a um consenso sobre o lugar de onde se originara o xadrez. O documento mais antigo é provavelmente a pintura mural da câmara mortuária de Mera, em Sakarah (nos arredores de Gizé, no Egito). Ao que parece, essa pintura, representa duas pessoas jogando xadrez e data de aproximadamente 3 000 anos antes da era cristã.

Hoje a teoria mais aceita é que ele se originou na Índia por volta do século VI d.C. Era conhecido como "o jogo do exército" ou "Chaturanga" e podia ser jogado com dois ou mais jogadores. Graças as viagens dos mercadores e dos comerciantes o jogo se espalhou para leste (China) e oeste (Pérsia). Mais adiante os árabes estudaram profundamente o jogo e se deram conta que ele estava bastante relacionado com a matemática, escreveram vários tratados sobre isto e aparentemente foram os primeiros a formalizar e escrever suas regras.

A primeira menção do xadrez está em um poema Persa em qual menciona que a vinda do jogo foi na Índia. O xadrez emigrou para a Pérsia (atual Irã) durante o reinado de Chosroe-I Annshiravan (531-579) e é descrito em um manuscrito persa daquele período. Este texto explica a terminologia, nomes e funções das peças com certo detalhe.

O xadrez também é mencionado na poesia épica de Firdousi (940-1021), Schanamekh - O livro dos reis, no qual ele menciona presentes que são dados por uma caravana do Rajah da Índia na corte do rei Persa Chosroe-I. Entre esses presentes, se encontrava um jogo que simulava uma batalha entre dois exércitos. Registros mostram que havia originalmente quatro tipos de peças usadas no xadrez. O Shatrang (sânscrito Hindú) significa "quatro" e anga significa "lados".

Na dinastia Sassanid (242-651 d.C.) um livro foi escrito no idioma Médio Persa Pahlavi chamado "Chatrang namakwor" (Um manual de xadrez). O shatrang (xadrez) representa o universo de acordo com o antigo misticismo Hindú. Os quatro lados representam os quatro elementos (fogo, ar, terra e água) e as quatro virtudes do homem. Embora os nomes das peças sejam diferentes em vários países hoje, seus movimentos são surpreendentemente parecidos. Na Pérsia, a palavra "Shatrang" se usou para nomear o mesmo xadrez.

Por volta do ano 651 d.C., com a conquista da Pérsia, os árabes adotam este jogo, valorizando-o e difundindo-o por todo o Norte da África, assim como por todos os reinos europeus dominados nos séculos seguintes, em particular para a Espanha (onde recebe, sucessivamente, os nome de: Acedrex, Axedres, Axedrez, Ajedrez), Portugal (Xadrez), a Sicília (Scachi Scacchi), a costa francesa do Mediterrâneo (Eschec, Eschecz, Eschecs, Échecs) e a Catalunha (Escacs, Eschacs, Scacs, Schacs, Eschacos, Schachos).

Os mais antigos manuscritos consagrados inteiramente ao xadrez, denominados Mansubas, aparecem em Bagdá, durante a Idade de Ouro Árabe. Não tendo em sua língua nem o som inicial nem o som final da palavra Chatrang, eles a modificam para Shatranj. Aproximadamente em 840, Al Adli, melhor jogador do seu tempo, publica um manuscrito Livro do xadrez (este original foi perdido).

No início do século IX o califa de Bagdá Haroun-al-Rachid (766-809) oferece a Carlos Magno (768-814) um jogo em mármore, hoje desaparecido. Conservam-se, no entanto, na Biblioteca Nacional de Paris, algumas peças denominadas Charlemagne.

Por volta do século IX o xadrez foi introduzido na Europa por duas vias distintas: segundo uns pela invasão muçulmana da Península Ibérica, e segundo outros, durante o confronto Ocidente-Oriente na Primeira Cruzada. No século XI já era amplamente conhecido no velho mundo.

Uma outra versão bastante aceita para a origem é de que ele tenha se originado na China em 204-203 a.C. por Han Xin, um líder militar, para dar às suas tropas algo para fazer no acampamento de inverno. Um jogo conhecido como "go" que tem um rio, um canhão, um cavalo, uma torre, um rei, um peão e um bispo, sendo que estas quatro últimas peças localizam-se na mesma posição do xadrez ocidental. As peças tem inscrições em caracteres chineses e são colocadas em "pontos". Há duas referências do xadrez na literatura antiga chinesa. A primeira foi de uma coleção de poemas conhecida como "Chu chi". O autor chamava-se Chii Yuan. A segunda é de um famoso livro de filosofia conhecido como "Shuo Yuan" que citava Chu Chi.

Mas existem vários tipos de xadrez: xadrez ocidental, xadrez chinês, xadrez japonês (shogi), xadrez coreano, xadrez burmês, xadrez cambojano, xadrez tailândes, xadrez malaio, xadrez indonésio, xadrez turco e possivelmente até xadrez etíope. Todos tem em comum certos aspectos como: o objetivo é dar xeque-mate ao rei, todos tem o rei no centro, uma torre no canto, um cavalo próximo a ela e peões em frente, e os movimentos dessas peças é idêntico ou quase idêntico ao do xadrez ocidental.

Falar afirmativamente sobre o xadrez ter se originado em tal época e em tal lugar de tal maneria pode ser uma coisa muita mais séria do que se imagina, pois existem muitas pessoas que defendem com todas as forças que a origem do xadrez foi na Índia, enquanto alguns outros afirmam com toda certeza que ele surgiu na China muito antes do que na Índia. Infelizmente não chegamos a um acordo sobre tudo isso, pois a origem do xadrez já foi atribuída até ao rei Arthur, ao rei Salomão, aos sábios mandarins contemporâneos de Confúcio, aos Egípcios e aos Gregos, no cerco à Tróia, para distrair os soldados. O correto é que tenha se originado de onde for o xadrez é um do jogos mais prestigiados do mundo, sendo tratado muitas vezes como arte ou ciência.

As regras e os movimentos das peças sofreram alterações ao longo do tempo, mas ultimamente as regras são as mesmas desde o século XV.

Na Idade Média, o "jogo dos reis" adquire, rapidamente, o status de passatempo favorito da sociedade aristocrática européia, sendo proibida a sua prática entre os pobres. Recomenda-se começar sua aprendizagem aos seis anos de idade. As mulheres nobres não hesitam em sentar-se em frente do tabuleiro, mostrando-se, inclusive, tão hábeis quanto os homens. Estes, só têm o direito de entrar em um aposento feminino com o objetivo explícito de jogar xadrez.

No século XIII as casas do tabuleiro passaram a ser dividas em duas cores para facilitar a visualização dos enxadristas. O duplo avanço do peão em sua primeira jogada surgiu em 1283, em um manuscrito europeu.

Mas uma das principais alterações aconteceu aproximadamente em 1485, na renascença italiana, surgindo o xadrez da “rainha enlouquecida”. Até esta época não existia ainda a peça rainha, e em seu lugar havia uma chamada Ferz, que era uma espécie de Ministro. Ele, que só podia deslocar-se uma casa por vez pelas diagonais, transformou-se em Dama (Rainha) ganhando o poder de mover-se para todas as direções.

A transformação de uma peça masculina em Rainha pode ser considerada como um indício da crescente valorização da mulher durante o período medieval, mas também como metáfora de uma sociedade dominada por um casal monárquico. Porém, para o psicanalista Isador Coriat é possível que esta metamorfose tenha sido motivada por uma tendência a identificar-se inconscientemente o xadrez com a estrutura do complexo de Édipo, o Rei simbolizando o pai e a Rainha a mãe.

Por volta de 1561 o padre espanhol Ruy Lopez de Segura, que foi o melhor jogador deste período, propôs a utilização do roque. Esta alteração será aceita na Inglaterra, França e Alemanha somente 70 anos depois. O movimento En Passant já era usado em 1560 por Ruy Lopez, embora não se conheça seu criador.

Em vinte anos as inovações espalham-se e as duas modalidades de xadrez coexistem por toda a Europa. A nova maneira de jogar imprime um maior dinamismo às partidas, devido à grande riqueza combinatória que ela proporciona, e o antigo xadrez é, rapidamente, relegado ao esquecimento.

Origem de Pesquisa: http://www.clubedexadrez.com.br/portal/cxtoledo/hist_xadrez.htm

O Jogo de Xadrez

O xadrez é uma batalha empreendida por um grupo de soldados. Ao centro está o Rei, ao redor do qual o jogo se desenrola. O Rei é indispensável, e a maior prioridade de todos os soldados é proteger o Rei, expandir seu domínio sobre o tabuleiro e vencer seus adversários. Com raras exceções, o Rei em si não entra no campo da batalha. O Rei move-se em qualquer direção, uma casa por vez, como convém ao seu limitado envolvimento na verdadeira batalha. Ao lado do Rei fica a versátil Rainha, que pode mover-se em todas as direções.

Flanqueando o Rei e a Rainha há três níveis de "oficiais", o Bispo, o Cavalo e a Torre, cada qual com seu próprio estilo de movimento e conquista. Seu poder e alcance é menor que o da Rainha, mas eles, também, podem mover-se em diversas direções e avançar mais que uma casa por vez.
Na linha de frente ficam os "soldados da infantaria", ou "peões". Inferiores aos oficiais, os soldados avançam somente um passo por vez. Porém o lento soldado de infantaria possui um poder e qualidade singulares, maior que a de seus superiores. Um oficial jamais troca sua patente: permanece o mesmo até o final do jogo. Porém quando um soldado consegue avançar, passo a passo, até o outro lado do tabuleiro, é elevado ao nível da Rainha. Ele não pode, no entanto, tornar-se Rei, pois há apenas um Rei.

A vida é uma batalha e um jogo, uma competição que nos lança contra os desafios que surgem e revelam nosso potencial. O xadrez é uma metáfora para os vários componentes desta batalha, seus métodos de combate, e seus objetivos.

O Rei no xadrez representa o "Rei dos reis" – D'us. A Rainha representa malchut d'atzilut – a fonte comum de todas as almas, que está num estado de "casamento" e unidade com D'us. Os três níveis de oficiais correspondem às três classes de anjos em três (dos quatro) mundos espirituais, Beriá, Yetzirá e Asiyá. O "peão" inferior é o ser humano finito num mundo confinado.

Este exército desafiador é um pseudo-exército, um batalhão virtual equipado com tudo, desde peões até um "rei". Pois "este oposto ao outro, D'us criou." Toda criação positiva tem seu oposto negativo; cada força espiritual tem sua força contrária malevolente; todo raio de luz Divina tem sua sombra que o obscurece.

A soberania de D'us é contrastada pela deificação do material e do temporal. A missão do exército de D'us é sobrepujar seu oponente, revelar a falácia de suas pseudo-verdades, destronar seu deus.
Os soldados da linha de frente nesta batalha são os "soldados de infantaria", almas investidas em corpos. Dentro de seus limitados poderes, avançam laboriosamente no campo de batalha, defendendo o lugar do Rei no mundo, a Divindade dentro de suas próprias almas (a "rainha"), e as linhas de suprimentos espirituais ("os oficiais") até o campo de batalha.

Os oficiais – com seu grande poder e alcance – fornecem a força espiritual para ajudar na eliminação do inimigo. O Rei permanece a maior parte do tempo alheio à batalha, pois esta é um desafio. Ele deseja que vençamos por nós mesmos; porém em tempos de crise extrema, Ele está acima dando uma ajuda decisiva, embora limitada, à batalha, mesmo que isso signifique expor-Se à linha de fogo, por assim dizer.

O "soldado" suporta o impacto da batalha. Lutando com recursos limitados, seu avanço é lento e impedido pelos estreitos horizontes de seu mundo. Porém quando sua firme determinação o faz avançar até seu objetivo, ele revela a Rainha dentro de si e vence a batalha.

Origem da Pesquisa: www.chabad.org.br/biblioteca/.../xadrez/home.html

Xadrez na Sala de Aula

Disciplina, concentração, melhora na auto-estima e socialização. Esses são alguns dos potenciais que os jogadores de xadrez desenvolvem. É com esse intuito que a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por sua Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (Sedec), está disponibilizando aulas de xadrez nas escolas públicas municipais, para que seus alunos também tenham a oportunidade de desenvolver essas e outras habilidades provenientes do esporte.

Desde abril deste ano, as escolas municipais João Vinagre, localizada no bairro do Miramar e Olívio Ribeiro Campos, situada no bairro dos Bancários, participam do projeto "Xadrez na Sala de Aula", onde mais de 50 crianças e pré-adolescentes entre 6 e 14 anos estão tendo a chance de assistirem aulas de xadrez, ministradas por Francisco Cavalcante e Livramento Cavalcante. Os alunos têm duas horas de aulas prática e teórica diariamente.

Essas atividades não se resumem ao jogo, pois os alunos também enveredam pela história e geografia. Eles recebem informações sobre a origem do jogo e consequentemente alguns fatos dos países envolvidos, tornando-se assim um trabalho de interdisciplinaridade. A intenção, além de levar conhecimento, prática esportiva e inclusão, é poder estar contribuindo na formação de profissionais, alguns deles com potencial para participar de torneios.

Cidadania – Francisco Cavalcante, coordenador do projeto, diz que as aulas "melhoram a auto-estima e o interesse pelas demais disciplinas, porque o xadrez desenvolve duas inteligências, a matemática e a espacial. O aluno supera as dificuldades de aprendizagem e um dado muito importante é que nenhum deles foi reprovado. Também estamos tirando essas crianças do ócio: o tempo que poderia ser gasto talvez com violência ou drogas está canalizado no xadrez", observa.

Ele revela que a Sedec está estudando implantar o projeto em outras escolas. "O xadrez ocupa pouco espaço e pode ser praticado por qualquer aluno, até mesmo quem tem algum tipo de deficiência. O jogo ajuda na concentração, a ter um raciocínio rápido, a criança passa a pensar por ela mesma e a fazer uma auto-análise tanto do jogo quanto da vida", explica.

Retorno – De acordo com Livramento Cavalcante, supervisora pedagógica, diz que utiliza a pedagogia do xadrez, que consiste em desenvolver a parte lúdica do jogo e as aulas são ministradas de uma forma a não parecer disciplina obrigatória; o intuito é desenvolver a auto-estima, a ética e a lógica matemática. A partir daí, os alunos têm um desenvolvimento considerável nas outras disciplinas. "A interação é tanta que a mãe de um dos nossos alunos passou a participar das aulas para poder jogar com o filho. Isso é muito gratificante, porque vemos que o trabalho está dando frutos", comemora.

Campeonato – Francisco acaba de participar do Campeonato Brasileiro de Xadrez, o evento ocorreu entre os dias 8 e 14 deste mês, no Clube de Xadrez de São Paulo, e contou com a participação de 38 enxadristas de diversas cidades brasileiras. Francisco foi para a semifinal ficando em 4º lugar, sendo o único nordestino classificado para a fase final, que aconteceu no salão nobre do Hotel Confort, em Guarulhos (SP), e o paraibano terminou em 8º lugar.

De acordo com o enxadrista, "o resultado da competição foi excelente, fui o único representante do Nordeste e estou entre os melhores do Brasil. Tudo isso com a ajuda da Secretaria de Educação do município, que tem me dado um grande apoio", afirmou. Outra conquista do jogador foi em 2003 na cidade de Nice, na França, onde foi eleito mestre na modalidade pela Federação Internacional de Xadrez (Fide).

Ele também é autor do livro "Xadrez para todos: uma ferramenta pedagógica". A publicação foi confeccionada em forma de cordel para desmistificar a prática do xadrez, trazendo-o para nossa realidade.

História – A origem do xadrez é meio controvertida. Estudiosos dizem que o jogo teria nascido na China, outros negam a informação. A disseminação pelo mundo deu-se por meio da cultura árabe e a influência política e geográfica do islamismo do século VII em diante. Foi introduzido na Europa por volta do século IX, através do comércio entre Europa e as regiões dominadas pelos árabes, e pelos contatos entre os povos à época das cruzadas.

No Brasil, o xadrez chegou por meio da colonização portuguesa, mas sem nenhuma expressão digna de registro ou menção. Somente quando D. Pedro II se torna um aficionado e um disciplinado jogador é que o xadrez começa a passos lentos a se popularizar.

Origem de Pesquisa: www.xadrezregional.com.br/not05195.html

Benefícios da prática do Xadrez

O ensino e aprendizagem do Xadrez no meio escolar é uma atividade que proporciona lazer e dá a possibilidade de valorizar o raciocínio através de um exercício lúdico, podendo alcançar, dentre outros, os seguintes objetivos:
Desenvolver o raciocínio lógico;
Desenvolver habilidades de observação, reflexão, análise e síntese;
Desenvolver habilidades e hábitos necessários à tomada de decisões;
Compreender e solucionar problemas pela análise do contexto geral em que estão inseridos;
Ampliar os interesses pelas atividades individuais;
Melhorar o desempenho nos estudos e, em particular, em Matemática.
Pode ser estabelecido um quadro comparando as características do jogo de Xadrez(C) com as suas implicações educativas(I):

(C) Concentração enquanto imóvel na cadeira.
( I ) Desenvolvimento do autocontrole psicofísico.

(C) Fornecer um número de movimentos num determinado tempo.
( I ) Avaliação da hierarquia do problema e locação do tempo disponível.

(C) Movimentar peças após exaustiva análise de lances seguintes.
( I ) Desenvolvimento da capacidade para pensamento abrangente e profundo.

(C) Encontrado um lance, a procura de outro melhor.
( I ) Empenho no progresso contínuo.

(C) O resultado indica quem tinha o melhor plano.
( I ) Respeito à opinião do interlocutor.

(C) De uma posição a principio igual, direcionar a uma conclusão brilhante (combinação).
( I ) Criatividade e Imaginação.

(C) Entre várias possibilidades, escolher uma única, sem ajuda externa.
( I ) Capacidade para o processo de tomar decisões com autonomia.

(C) Um movimento deve ser conseqüência lógica do anterior devendo apresentar o seguinte.
( I ) Capacidade para o pensamento e execução lógicos, autoconsistência e fluidez de raciocínio.


A prática do Xadrez nas escolas apresenta claramente o progresso dos seguintes aspectos:
Desenvolvimento de capacidades cognitivas, sociais, afetivas, e morais dos estudantes.
Desenvolvimento profissional dos professores e envolvimento no trabalho.
Inclusão Social.
A atividade enxadrística realizada no contexto educacional permite trabalhar a melhoria da auto-estima dos estudantes, visto que a sua iniciação não requer pré-requisitos (características físicas, sociais, etc.) e é acessível aos estudantes situados em qualquer altura da grade escolar. No ambiente escolar as atividades podem ser planejadas por séries, permitindo igual envolvimento dos estudantes, mesmo que apresentem dificuldades ou defasagem de aprendizagem em disciplinas curriculares, podendo servir como elemento motivador para a superação das mesmas.
Já as características de socialização, advindas da prática do Xadrez, são comuns ao conjunto de atividades lúdicas e das práticas esportivas educacionais. Elas se encontram dentro do conjunto maior de atividades que favorecem o desenvolvimento social (artes em geral, festividades, serviços da comunidade local, etc.).

O Xadrez além de contribuir na formação e desenvolvimento de indivíduos no âmbito escolar, também permite:
Contribuir para a educação voltada à interação social na busca pela formação integral do cidadão.
Despertar o espírito reflexivo e crítico.
Ampliar a capacidade para tomada de decisões.
Desenvolver a inteligência espacial.
Desenvolver a disciplina na execução de uma tarefa.
Estimular o desenvolvimento das operações do intelecto.
Desenvolver a capacidade de comunicação.
Desenvolver a capacidade de aprender.
Formular hipóteses e prever resultados.
Elaborar estratégias de enfrentamento das questões.
Interpretar e criticar resultados a partir de experimentos e demonstrações.
Assim, de uma forma geral, percebe-se que a inserção das atividades que envolvem o ensino e aprendizagem do Xadrez nas escolas vem contribuir na formação de indivíduos (alunos) e pessoas capazes de enfrentar os diversos desafios que estão por surgir e, mais do que isso, saber que suas ações e atitudes voltam-se para o processo do desenvolvimento cognitivo, pois se acredita que este possa viabilizar respaldo intelectual nos vários contextos em que estão inseridos, contribuindo na constituição de cidadãos mais preparados tanto para os fenômenos da natureza, quanto das surpresas provocadas pelo próprio homem.

Origem de Pesquisa: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/beneficios-da-pratica-do-xadrez/31928/